A música pode até ficar um pouco irritante quando você a escuta pela enésima vez… “Eu quero saber porque o gato mia… eu quero saber… o que está acontecendo eu vou descobrir”. Mas a séria animada “O Show da Luna” leva ao universo infantil o que move nossa evolução, seja como pessoa, sociedade ou empresa: o poder das perguntas.
Paralelamente, ela dá aos adultos (os que se permitirem) a liberdade de se despirem das respostas prontas para os questionamentos de uma criança. Hoje, tenho a tranquilidade de, muitas vezes, responder com perguntas, o que me reserva sempre o prazer das descobertas e das surpresas, pois a criança, sem os filtros e vícios que adquirimos ou deixamos nos impor, traz sempre uma contribuição pura, criativa e até mesmo óbvia – aquele tipo de obviedade que de tão clara passa a ser transparente diante de nossos olhos mecanizados por rotinas e padrões. Até um dia termos (se tivermos) a sorte de abrir os olhos e perguntar, afinal, porque isso é feito sempre desse jeito? É quando aquela pergunta “boba” nos ridiculariza! Tudo porque nosso ego e nossa “inteligência” nos fizeram esquecer uma grande lição – perguntas bobas não existem! As que assim são chamadas levam tal título por questionarem coisas que ninguém nunca questiona ou por levantarem questões que já foram respondidas há muito tempo.
Na primeira situação elas são capazes de desbravar áreas inexploradas e trazer à tona preciosidades. Na segunda, ela pode quebrar velhos paradigmas, trazer novas formas de ver, fazer e ser, pois a resposta de antes pode não servir mais para as questões de agora.
Sempre fui uma menina de perguntas e, ao fazer jornalismo, consegui uma espécie de “salvo-conduto” para continuar perguntando: eu tive o prazer de profissionalizar meu gosto pelas interrogações! Foi lá que descobri que são as perguntas que movem o mundo, que “um homem deve ser julgado mais pelas suas perguntas do que por suas respostas” (Voltaire) e que “o trabalho mais importante e mais difícil não é encontrar a resposta correta, mas fazer a pergunta certa” (Drucker).
Mas foi só recentemente que eu aprendi que as perguntas não precisam e não devem ser feitas apenas para os outros. Aliás, as perguntas certas podem até nos levar para muito mais longe, quando as fazemos para nós mesmos.
Anthony Robbins, em seu livro “Desperte seu Gigante Interior”, mostra como elas são ferramentas fundamentais para o nosso próprio crescimento. O capítulo inteiro dedicado ao tema (As perguntas são as respostas) começa com o exemplo de um judeu chamado Stanislaw Lee que conseguiu fugir dos campos de concentração nazista a partir das perguntas que decidiu fazer a si mesmo. As perguntas certas o levaram a enxergar possibilidades aparentemente inexistentes (e lhe salvaram a vida).
“Sempre há bela resposta a quem faz uma pergunta ainda mais bela” (E.E.Cuming)
Para o autor, as perguntas determinam nossos pensamentos, pois na mesma hora em que elas são feitas, nosso raciocínio é direcionado em busca daquelas respostas. Ou seja, elas direcionam o nosso foco! “Pensar nada mais é que o processo de fazer e responder perguntas”, diz ele. Assim, elas:
(1) mudam o nosso foco;
(2) mudam o que suprimimos e;
(3) mudam os recursos à nossa disposição.
No âmbito corporativo, as empresas criam um ambiente onde perguntar, realmente, não ofende? Minha percepção é que não. E isso está totalmente atrelado à aversão aos erros e a como lidamos com eles (mas isso já é tema para outro texto!). As empresas estão fazendo perguntas para seus colaboradores, parceiros e clientes e, considerando, de fato, as respostas? As empresas se fazem perguntas?
E em nossas vidas, será que estamos nos permitindo perguntar, nos perguntar e sermos perguntados mais? Ou será que já sabemos e temos experiência demais para sermos questionados? Você, eu, nós estamos fazendo as perguntas certas? Quais perguntam estão direcionando o rumo da sua vida?
Tony Robbins dá uma ajudinha ao elencar algumas das perguntas mais importantes para a nossa vida:
Nem sempre, perguntas como essas têm resposta ou nem sempre as respostas são certas ou erradas, ou imutáveis. Mas tê-las em mente ajuda a te conectar com o que importa, com seus valores e princípios e aí é só seguir, como conclui Robbins: “Muitas vezes, a primeira resposta que você obtém para qualquer pergunta, uma resposta emocional, visceral, é aquele em que deve confiar e basear sua ação. Esse é o aspecto final que quero ressaltar. Há um ponto em que você deve parar de fazer perguntas, a fim de conseguir algum progresso… Em determinado ponto, você tem de parar de avaliar, e começar a fazer.” Como? Ótima pergunta. Questione-se, responda e aja! Repita tudo de novo. E de novo, e de novo, e de novo…
“O importante é não parar de questionar. A curiosidade tem sua própria razão de existir. Uma pessoa não pode deixar de se sentir reverente ao contemplar os mistérios da eternidade, da vida, da maravilhosa estrutura da realidade. Basta que a pessoa tente apenas compreender um pouco mais desse mistério a cada dia. Nunca perca uma sagrada curiosidade” (Albert Einsten)
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3 Comments
Aqui é a Aparecida Da Silva, eu gostei muito do seu artigo seu conteúdo vem me ajudando bastante, muito obrigada.
Obrigada pelo seu retorno. Ficamos felizes em saber que estamos contribuindo de alguma forma! Abs e sucesso!
Aqui é a Paula Lidiane, eu gostei muito do seu artigo seu conteúdo vem me ajudando bastante, muito obrigada.